segunda-feira, 29 de junho de 2009

Consigo perceber o perfeito
Mesmo na fragilidade do imaginário 
Ele reside no piscar de olhos
Ele ainda não se perdeu

A confluência de minhas confusões 
Encontra-se na indiferente beleza
Mas se ávida é um girar sem fim
porque a separação na profundeza?

A saudade me torna mais viva
Escute meu amor:
Te quero tão intensamente que o mais vago dos pensamentos contem sua plenitude

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Olhar magnético 
Irradiante do frutífero alento
Faz-se hermético 
Dilacerando o tempo

Torna-se unicamente sutil 
A beleza de lhe pertencer
Deixa-se ser pueril
A magia de lhe percorrer

Sob a eternidade do momento
Pousa o trovoante movimento
A vibração absoluta
No olhar dele perpetua

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Desaparecida no tempo mutante
Solta na cela da melancolia
O imprevisto acaso surpreendeu-me num suspiro
A verdade sussurrou um fogo incandescente 
Que ardeu a alma

Fio um caminho quase impossível
Por entre espinhos e pétalas

Triste, em momentos como Quando
Preencho um mar aberto por trás da cura
Surda e muda

Aprofundada da trilha da loucura
Dispersa no espaço convergente
Perdida na delicadeza, na incerteza

Abrangentes perguntas impacientes 
Respostas inconscientes 
Um toque direciona o sentido do mergulho, do orgulho...

Sinto pena do desgosto
Aprovação desnecessária 

Seria mesmo eu
Um ser dual
A procura do absoluto final
Cessante do ruído infernal?

Os alívios ora rimam, ora remam...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Transcendência empírica
Sob a essência da verdade 
Transforma a extraordinária fantasia 
Em múltiplos da felicidade

As cores não se dividem
Os prazeres se difundem

Tons anestesiados 
Pela conformidade do contraste
Ascendem a voz única do universo
Possível sensibilidade atemporal

Não simplesmente amor
Não simplesmente palavras