O céu de vivências sonhadas
Foi tocado numa noite de brilho
Deu-se de vontade própria
Expandiu interminável encanto
As cuidadosas palavras
Encheram de perolas a caixa surrada
O parto da hora sonhada
Adentrou a espera em obscura melodia
Os próximos que se encaixam nas partes
São afirmações de renúncias brancas
Uma harmonia de tristeza desacordada
Lança-se em âncoras deslocadas
Onde o fundo não é mar
Onde a brisa não é tempo
Onde o brilho é permanente
O que há de olhar na profundeza da memória
Cava no corpo a inviolável certeza
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